De origem escocesa, a raça ABERDEEN ANGUS é encontrada nas variedades preta e vermelha, popularmente, chamadas Aberdeen Angus e Red Angus, respectivamente. É uma raça britânica que se destaca entre os bovinos de corte por reunir características que asseguram maior resultado econômico.
Entrou no Brasil pelos campos de Bagé (RS) em 1906, com Menelik – primeiro touro Aberdeen Angus registrado no Pais, pelo resultado demonstrado no cruzamento com as demais raças, disseminou-se pela região sul e hoje é a genética mais utilizada no cruzamento com as raças zebuínas, que povoam o centro-oeste e o norte do País.
Atualmente os exemplares da raça apresentam peso adulto entre 800 a 1.100 kg para os machos e 470 a 650 kg para as fêmeas.
Principais características que diferenciam o Aberdeen Angus das demais raças de corte e a levaram a ser considerada a raça completa
De importância reconhecida nos sistemas de criação e terminação de bovinos é característica inata da raça Aberdeen Angus, que a imprime de forma dominante no cruzamento com outras raças, mesmo aspadas.
A fêmea angus é uma excelente mãe; produz leite suficiente para desmamar os filhos com peso superior a cinquenta por cento do peso da mãe, como é desejável em uma pecuária eficiente; e, é extremamente cuidadosa com as suas crias.
O gado da raça Aberdeen Angus atinge mais cedo a puberdade, quando comparado com as demais raças nas mesmas condições de criação. As fêmeas podem ser entouradas aos 14 meses de idade e os machos abatidos aos 13 meses, com 280 kg de carcaça. É a raça da pecuária de ciclo curto.
As fêmeas, mantidas em condições satisfatórias de nutrição e manejo, emprenham entre os 14 e 18 meses de idade, apresentam índices incomparáveis de repetição de cria, com intervalo entre partos não superior à doze meses. É a genética a ser utilizada para melhorar a eficiência do rebanho.
Os terneiros têm baixo peso ao nascer (entre 28 a 38 kg), o que reduz os problemas durante o parto. O menor tamanho do bezerro minimiza o desgaste na parição e abrevia a recuperação pós-parto da mãe, favorecendo a repetição de cria e diminuindo o intervalo entre partos.
O gado Angus suporta o desafio das variações de temperatura, que no sul do Brasil, oscilam de menos 5° a mais 40° graus ,sem comprometer o seu desempenho produtivo e reprodutivo, com fácil adaptação às diferentes condições ambientais das regiões de clima sub tropical do Brasil.
A genética Angus, tanto na variedade preta (aberdeen) como na vermelha (red), utilizada no cruzamento com quaisquer outras raças, padroniza o rebanho imprimindo o caráter mocho em toda a descendência, uniformizando a pelagem e moderando o tamanho dos animais.
O animal com predominância de sangue Angus apresenta de 3 a 6 mm de cobertura de gordura e tem carne marmorizada, atributos que conferem maciez e sabor incomparáveis. É a carne bovina mais apreciada e valorizada no mercado consumidor.